Segurança de dados empresariais
Por que seu ERP precisa estar preparado?
7/29/20254 min read
A transformação digital trouxe inúmeros benefícios para as empresas, como maior agilidade nos processos, melhor controle de informações e tomada de decisões mais estratégica. No entanto, com essa digitalização, surgiram também novos riscos, principalmente relacionados à segurança da informação. Vazamentos de dados, ataques cibernéticos e falhas de infraestrutura podem comprometer seriamente a operação de uma empresa, gerar prejuízos financeiros e abalar sua reputação.
Os sistemas ERP (Enterprise Resource Planning), por reunirem e integrarem todas as informações críticas do negócio, tornaram-se alvos ainda mais atraentes para criminosos digitais. Isso porque um ERP concentra dados financeiros, informações fiscais, registros de clientes e fornecedores, histórico de transações, folha de pagamento e muito mais. Em um cenário em que a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) está em vigor no Brasil desde 2020, qualquer falha de segurança pode resultar em multas de até 2% do faturamento anual da empresa, limitadas a R$ 50 milhões por infração, além do desgaste de imagem e perda de confiança de clientes e parceiros.
De acordo com um relatório da Gartner (2024), 75% das empresas que sofreram vazamentos de dados enfrentaram perda de clientes nos seis meses subsequentes ao incidente, e 30% tiveram queda significativa no valor de mercado. No Brasil, um estudo da Febraban (2024) mostra que o número de tentativas de invasão cibernética em empresas cresceu 35% no último ano, reforçando a necessidade de investimentos em cibersegurança.
Quando falamos de ERP, a segurança precisa ser prioridade desde a escolha do sistema. Um software robusto deve oferecer funcionalidades como criptografia de dados, autenticação multifator, controle granular de acessos e backups automáticos. Essas medidas reduzem significativamente os riscos de invasão e minimizam os impactos caso um incidente ocorra.
Além das medidas tecnológicas, é essencial pensar na governança de acessos. Muitas empresas ainda cometem o erro de conceder permissões amplas demais para seus colaboradores, o que aumenta o risco de uso indevido das informações. Um ERP moderno permite definir diferentes níveis de acesso, garantindo que cada funcionário só veja as informações necessárias para desempenhar sua função. Essa prática, chamada de princípio do menor privilégio, é uma das recomendações da ISO 27001, referência internacional em gestão de segurança da informação.
Outra questão fundamental é a realização de backups regulares. Um ataque de ransomware, por exemplo, pode criptografar todos os dados da empresa, deixando-os inacessíveis. Com backups automatizados e armazenados em nuvem, é possível restaurar rapidamente a operação, reduzindo o tempo de indisponibilidade e evitando prejuízos maiores.
Casos de empresas que negligenciaram a segurança de seus ERPs ilustram bem a importância do tema. A Indústria Beta (caso fictício), por exemplo, sofreu um ataque cibernético que comprometeu seus dados financeiros e paralisou a produção por três dias. A causa? Falta de atualização no sistema e ausência de autenticação multifator. Após o incidente, a empresa investiu em um ERP em nuvem com criptografia avançada e treinamento de equipe, evitando novos problemas. Em contrapartida, a Rede Comércio Digital (também fictícia), que adotou um ERP com recursos de segurança integrados e auditorias periódicas, nunca enfrentou incidentes graves, mesmo lidando com milhares de transações diárias.
A Deloitte (2024) reforça que 64% dos incidentes de segurança poderiam ser evitados com medidas básicas de prevenção, como uso de senhas fortes, autenticação multifator e atualizações constantes do sistema. Ou seja, não é apenas uma questão de tecnologia de ponta, mas também de boas práticas de gestão.
A LGPD trouxe uma mudança cultural importante. Agora, as empresas precisam não apenas proteger os dados, mas também comprovar que possuem processos seguros e transparentes. Isso inclui a nomeação de um encarregado de dados (DPO), a criação de políticas de privacidade claras e a realização de avaliações de risco periódicas. Um ERP alinhado com essas exigências facilita muito esse processo, pois oferece relatórios de acesso, rastreabilidade de alterações e funcionalidades que apoiam a anonimização ou exclusão de dados quando necessário.
O uso de ERP em nuvem também oferece vantagens significativas de segurança, desde que o fornecedor tenha certificações reconhecidas, como ISO 27001 ou SOC 2. Sistemas em nuvem contam com equipes especializadas em cibersegurança, monitoramento 24/7 e protocolos rigorosos de proteção. De acordo com a McKinsey & Company (2024), empresas que migraram seus ERPs para a nuvem reduziram em 45% o risco de incidentes de segurança relacionados à infraestrutura interna.
Para gestores que querem aumentar a segurança do seu ERP, algumas ações práticas podem fazer toda a diferença:
Auditar os acessos periodicamente, removendo permissões desnecessárias;
Adotar autenticação multifator para todos os usuários;
Implementar backups automáticos e testá-los regularmente;
Manter o ERP sempre atualizado, aplicando os patches de segurança fornecidos pelo fornecedor;
Treinar continuamente os colaboradores, conscientizando-os sobre phishing, engenharia social e boas práticas de uso do sistema.
A cultura de segurança da informação deve envolver todos os níveis da organização, não apenas o time de TI. Afinal, o elo mais fraco muitas vezes é o fator humano. Um ERP preparado para os desafios atuais não é apenas uma ferramenta de gestão eficiente, mas também uma barreira fundamental contra riscos cibernéticos e um aliado na conformidade regulatória.
No fim, investir em segurança não é um custo, mas sim uma forma de garantir a continuidade do negócio, a confiança dos clientes e a reputação da marca. Em um mundo cada vez mais digital e regulamentado, ter um ERP preparado é mais do que uma vantagem competitiva: é uma necessidade.
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